Queridos alunos,
Desde o momento em que os conheci, sabia que algo de
muito especial surgiria entre vocês e mim. Não era só pressentimento. Primeiro,
veio o desafio em suceder um profissional tão gabaritado como o do ano anterior
(2010, professor Bruno). Lembro-me bem do meu primeiro dia de aula, em que um
aluno veio até mim e questionou que matéria lecionaria. Ao ouvir a resposta,
senti um pouco da sua decepção ao saber que o antigo professor não mais daria
aula para a turma... Talvez ele nem se lembre, mas isso me marcou, porque a
partir daquele momento, fiquei ávida por conquistá-los.

Bom, eis que após um ano e dez meses dessa convivência, com muitas
avaliações confusas (e letras mais confusas ainda para serem corrigidas,
diga-se), muitas aulas maçantes (e massacrantes), muitas broncas pelas bolinhas
de papel jogadas, pela sala suja, pelo aluno que importunava a aula ou mesmo o
outro aluno, muitas dificuldades... Por outro lado, essas dificuldades eram
para que fossem superadas, impostas de propósito, as avaliações bem-boladas
(que vocês tiravam de letra) serviam de desafio, todas as broncas para promover
a reflexão sobre o papel que vocês desempenham no meio e em sociedade... Após
muitas brincadeiras, como o soletrando, o saco do conhecimento; muitas alegrias,
risadas (e choro também – rs); inúmeras regras gramaticais que, não fosse o
contexto, seriam impossíveis de serem aprendidas; após meus papos entediantes e sobre a minha vida na idade de vocês (bons tempos, e eu aproveitei muito), muitos elogios, muitas reclamações, sermões e mais sermões... depois do projeto de
literatura, de cada livro lido, de cada trabalho feito, de cada etapa finda, de culminância de projetos, dos divertimentos das gincanas, das zoações de vocês com o meu time (assim como o contrário), após uma rotina
dura, tardes ensolaradas, chuvosas, cheias de preguiça e de um convite a estar
em outro lugar... Eis que após esse período, vocês vão para um outro lugar, um
outro ambiente, talvez não mais à tarde, certamente não com as mesmas
companhias (ou umas poucas repetidas), outros professores, velhas e novas
normas escolares... Sabe lá? Há um futuro brilhante para cada um de vocês, basta buscá-lo,
pois não há ganho sem dor, tampouco glória sem sacrifício. Vocês já venceram
essa etapa e vencerão outras! Sempre guardem a fala de Leonardo Boff, “ninguém
vale pelo que sabe, mas sim pelo que faz com o que sabe”. Então, usem esse conhecimento de vocês!

Acabou? Não, e eu sei que não, mas é que como deixei por último, não é
para ficarem chateadas, Lesly e Graciele, é que vejo uma similitude em vocês,
ambas lindas, fashion, bacanas,
doces, e, o fato de serem as últimas a serem citadas não significa, em absoluto, que são
menos queridas. Aliás, todos vocês, cada um de um jeito especial, mas os amo, TODOS! Como
não amá-los? Não só por todo o exposto, mas por tudo o mais que não foi citado
também! Esse meu apego às pessoas, por vezes é inoportuno, porque muitas estão só
de passagem nas nossas vidas. Então, eu deixo aqui registrado o meu “muito
obrigada”, por me deixar instruir e por me ensinar tantas coisas, que nem sei
nomear. Nesse momento, lembro-me de uma citação providencial de Exupéry no seu Best-seller “O
pequeno príncipe”, que dizia o seguinte “tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas”. Pois bem, vocês me conquistaram, agora aguentem as consequências!
(Risos) Exijo manter contato.
Com relação à pergunta retórica que fiz no parágrafo anterior, só mais um adendo: Impossível não amá-los!
Não tenho certeza de que minha busca em conquistá-los, descrita logo no primeiro parágrafo deste texto, foi cumprida por completo, mas quero que fiquem cientes de que, ao irem, deixarão um pouco de vocês comigo. Para sempre em meu coração!
Espero que essa despedida seja momentânea.
Não vamos então falar em Adeus e sim...
Até breve, turminha!