Queridos alunos,
Desde o momento em que os conheci, sabia que algo de
muito especial surgiria entre vocês e mim. Não era só pressentimento. Primeiro,
veio o desafio em suceder um profissional tão gabaritado como o do ano anterior
(2010, professor Bruno). Lembro-me bem do meu primeiro dia de aula, em que um
aluno veio até mim e questionou que matéria lecionaria. Ao ouvir a resposta,
senti um pouco da sua decepção ao saber que o antigo professor não mais daria
aula para a turma... Talvez ele nem se lembre, mas isso me marcou, porque a
partir daquele momento, fiquei ávida por conquistá-los.
Não tive muita sorte no início, pois, ainda nas primeiras semanas,
naquela confusão de falta de carteira, em que fazíamos o rodízio das turmas que
seriam dispensadas, os professores ficavam sabendo antes qual seria a turma liberada
no dia seguinte, e eu, com toda a minha ingenuidade, avisei-os de que não
precisaria vir, e isso rendeu duras críticas a vocês, que não apareceram, e
para mim também. Como fiquei envergonhada da minha gafe! (Risos)... Mas foi
justamente ali, quando expliquei a minha lógica em tê-los alertado, que percebi
o quanto vocês eram compreensivos e, mesmo tendo recebido as críticas,
apoiaram-me. Pronto, ao invés de conquistá-los, vocês me haviam conquistado!
Bom, eis que após um ano e dez meses dessa convivência, com muitas
avaliações confusas (e letras mais confusas ainda para serem corrigidas,
diga-se), muitas aulas maçantes (e massacrantes), muitas broncas pelas bolinhas
de papel jogadas, pela sala suja, pelo aluno que importunava a aula ou mesmo o
outro aluno, muitas dificuldades... Por outro lado, essas dificuldades eram
para que fossem superadas, impostas de propósito, as avaliações bem-boladas
(que vocês tiravam de letra) serviam de desafio, todas as broncas para promover
a reflexão sobre o papel que vocês desempenham no meio e em sociedade... Após
muitas brincadeiras, como o soletrando, o saco do conhecimento; muitas alegrias,
risadas (e choro também – rs); inúmeras regras gramaticais que, não fosse o
contexto, seriam impossíveis de serem aprendidas; após meus papos entediantes e sobre a minha vida na idade de vocês (bons tempos, e eu aproveitei muito), muitos elogios, muitas reclamações, sermões e mais sermões... depois do projeto de
literatura, de cada livro lido, de cada trabalho feito, de cada etapa finda, de culminância de projetos, dos divertimentos das gincanas, das zoações de vocês com o meu time (assim como o contrário), após uma rotina
dura, tardes ensolaradas, chuvosas, cheias de preguiça e de um convite a estar
em outro lugar... Eis que após esse período, vocês vão para um outro lugar, um
outro ambiente, talvez não mais à tarde, certamente não com as mesmas
companhias (ou umas poucas repetidas), outros professores, velhas e novas
normas escolares... Sabe lá? Há um futuro brilhante para cada um de vocês, basta buscá-lo,
pois não há ganho sem dor, tampouco glória sem sacrifício. Vocês já venceram
essa etapa e vencerão outras! Sempre guardem a fala de Leonardo Boff, “ninguém
vale pelo que sabe, mas sim pelo que faz com o que sabe”. Então, usem esse conhecimento de vocês!
Quanto a mim? Haverá novos alunos, como tantas outras vezes o ciclo se
reiniciou! Mas minhas tardes não serão mais as mesmas, pois para sempre ficará essa saudade dos nossos momentos: do aluno
decepcionado acima citado, Erisandro, que creio ter conquistado a confiança, um
garoto super organizado e participativo em tudo; da risada de Katiele (risadinha),
que mesmo parecendo estar longe (ao menos no papo), estava tão concentrada na
aula (as notas e os prêmios recebidos refletem isso) e da sua fiel amiga de
segredinhos (e risadas) Ana Maria, sempre tão doce; de Carina, que se juntou ao
“trio ternura” um pouco mais tarde, que, aos professores, mostrava-se
prestativa e ambiciosa (não se contentar com um 9, afinal, é ambição), fico muito feliz de ter contribuído, com a minha vocação, em despertar o desejo para a árdua profissão de professora em duas dessas três alunas, é muito gratificante; da
ovelha desgarrada do grupo, Shirley, outro fenômeno em redigir, vencedora na
primeira fase no concurso de redação da Unimed 2012; daí vem outra panelinha completada
por Daniele Antônio e Franciele, com seus carismas contagiantes; mas voltando a
falar em premiação, não posso esquecer de citar Laiane, cuja bela crônica rememorando
outros tempos do bairro da escola foi digna de um segundo lugar municipal; da sua
amiga inseparável, Lavínia (ou Lavinha, como muitos insistiam em chamá-la),
sempre tão quieta; e por falar em quietude, logo lembro de Jadson, que muitas
vezes se negava a participar das aulas, tamanha a sua timidez; das discussões
entre os hermanos da sala, Miquéias (sempre tão questionador, e isso é um elogio, ok?) e Michele (que com
seu romantismo agradava e criticidade desagradava a muitos, mas que precisa
saber que a crítica é sempre boa, quando bem argumentada); de Vanessa e seu
caderno completo e caprichado, que eu sempre confundia com Valéria (por
sentarem tão próximas, pelo nome iniciar com a mesma sílaba...), mas
que agora eu sei que essa última é que é a dançarina (ou não? Espero não ter
feito nova confusão... Perdoem-me, são as noites mal dormidas, corrigindo
provas e preenchendo diários. kkkk); e por falar em dançarina, é o que bem tem
nessa sala, do requebrado sensual de Naraiane; das remexidas de Jéssica; dos
passos bem marcados de Thalia (a miss beleza da sala); do seu namoradinho, o
conquistador Moabe (sim, toda turma que se preze tem um romance); do molejo por
vezes desengonçado e caminhar malemolente de Nayara; e quando falo desta,
lembro de uma outra figura que não se bicava, minha “filha” Pâmella, tamanha
nossa semelhança (dizem), para mim foi um misto de surpresa e felicidade quando
soube que minhas aluninhas fizeram as pazes; do jeito abusado de Jobson e sua
insistente “sede” ou “vontade de ir ao banheiro”; da alegria de Caline, que no
início estranhou tanto os novos colegas, mas não demorou muito a se enturmar;
do jeito paulista, às vezes distraído, de ser de Soraia; das intromissões
engraçadas de Sulamita; do expert em
futebol (e assuntos futebolísticos) tchow-tchow, digo, Walas; da simpatia do
finalista do Soletrando Ramon; das perturbações de David, que foi eleito o
pentelho em 2011; da maturidade de Gabriel; do capricho e cuidado de Daniele
Neres; e por falar em capricho, a novata da turma, última a agregar valores,
Arielly, que, apesar de nos castigar com suas ausências, brindou-nos com a
coletânea mais caprichada do 9º ano; do gênio em informática e galã da sala,
Daniel; e por falar em galã, eis outra coisa que bem tinha na sala, há ainda o aluno Hygor e
seu jeito conquistador; Fabiano, que com sua forma um pouco relaxada de
lidar com os estudos, flechava corações, até mesmo com seu aparelho ortodôntico;
há ainda o bad boy sedução do Breno,
que não perdia tempo em sentar logo no meio da mulherada.
Acabou? Não, e eu sei que não, mas é que como deixei por último, não é
para ficarem chateadas, Lesly e Graciele, é que vejo uma similitude em vocês,
ambas lindas, fashion, bacanas,
doces, e, o fato de serem as últimas a serem citadas não significa, em absoluto, que são
menos queridas. Aliás, todos vocês, cada um de um jeito especial, mas os amo, TODOS! Como
não amá-los? Não só por todo o exposto, mas por tudo o mais que não foi citado
também! Esse meu apego às pessoas, por vezes é inoportuno, porque muitas estão só
de passagem nas nossas vidas. Então, eu deixo aqui registrado o meu “muito
obrigada”, por me deixar instruir e por me ensinar tantas coisas, que nem sei
nomear. Nesse momento, lembro-me de uma citação providencial de Exupéry no seu Best-seller “O
pequeno príncipe”, que dizia o seguinte “tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas”. Pois bem, vocês me conquistaram, agora aguentem as consequências!
(Risos) Exijo manter contato.
Com relação à pergunta retórica que fiz no parágrafo anterior, só mais um adendo: Impossível não amá-los!
Não tenho certeza de que minha busca em conquistá-los, descrita logo no primeiro parágrafo deste texto, foi cumprida por completo, mas quero que fiquem cientes de que, ao irem, deixarão um pouco de vocês comigo. Para sempre em meu coração!
Espero que essa despedida seja momentânea.
Não vamos então falar em Adeus e sim...
Até breve, turminha!
AAAAAAAAAAAIN, me fez chorar agora mamãe, rs,
ResponderExcluirNunca me esquecerei das agradaveis aulas de português... Sinta-se lembrada em todos os momentos,porque está guardada aqui comigo no coração. Sentirei saudades, Até breve, titia Helga.
(Tô sem palavras)
Ai de vc, se sumir da minha vida, viu?! rsrs
ExcluirNoosa Muiito Liindo o Texto Helga Queriida...Tem Coiisas ai Que Eu Neim Lembrava,Que Memória Booa Vc Teem Né?
ResponderExcluirEu Amei o Texto,Amei os 2 Anos em Que Vc Foi Miinha Professora,Foii Tudo Boom... Tbm Espero Manter Contatoo ,Póis Pessoas Como Vc Nunca Se Deve Perder... *-*
Bjj's é Até Brevee.... ♥'
Vou cobrar, hein? Se me abandonar, Deus castiga! rs
ExcluirLindo Helga, já que estou aqui leia esta carta que fiz para lhe entrega mas meus planos não sairão como queria .
ResponderExcluirQuerida professora, 2 anos se passaram desde que nós conhecemos parece ser tão pouco, mas foi o suficiente para que tenha nascido uma grande admiração de mim por ti (Olha rimo rsrrsrsrs) durante esse tempo conheci a pessoa maravilhosa que tu es, defeitos normal todo mundo tem, mas quero apenas cita alguns de suas qualidades pois a lista e extensa e como escrevo esta carta as 12 da noite já estou com sono (Olha eu fugindo do assunto!!) bom você é inteligente, bonita, alegre, encantadora, otimista, dedicada, responsável, risonha, atenciosa, elegante... enfim espero que posamos nós encontrar novamente, nunca esquecerei a senhora, desejo-lhe tudo de bom a você que Deus lhe abençoe muito e digo-lhe que nunca tenha duvida que esta exercendo seu trabalho de forma correta pois esta sim melhor impossível, desculpe-me por algo de errado que fiz seja lá oque for, obrigada por tudo tanto pelos ensinamentos gramáticos quanto conselhos de mão, irmã, amiga... e lições de vida prometo não meu habito de lê de lado, gosto muito de lê e agora mais ainda pois sempre que que eu ler lembrarei de ti.
Tenha uma boa trajetória de agora pra frente nesse caminha chamado vida, obstáculos virão mas eu sei que você e forte o suficiente para enfrenta-los de cabeça erguida e principalmente com Deus acima de tudo. Você e um dos poucos anjos que Deus permitiu que existisse na Terra!!! s2
Ownnn! Que fofo! Obrigada pelas palavras, Cá! Tenho certeza de que seu caminho vai ser muito bem traçado! Sucesso, gata! Estarei sempre por aqui! Beijo
ExcluirDe nada Helga !!!!
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